Cúpula da ONU em Sevilha, ao vivo | Guterres: "O financiamento é o motor do desenvolvimento e, neste momento, esse motor está sendo sufocado."

O Compromisso de Sevilha é oficialmente aprovado por consenso

O Compromisso de Sevilha, documento adotado por consenso para relançar o financiamento do desenvolvimento e a solidariedade, foi assinado oficialmente nesta segunda-feira pelos líderes mundiais reunidos em Sevilha, anunciou o primeiro-ministro Pedro Sánchez.

Foram necessários um ano de negociações para chegar a este acordo, que aborda várias questões urgentes enfrentadas pelos países do Sul Global: reestruturação da dívida, financiamento do combate à emergência climática, percentuais desejáveis ​​de ajuda ao desenvolvimento, o papel do setor privado, a transformação necessária de um sistema de cooperação obsoleto, altamente fragmentado e, portanto, ineficaz, e a transformação do sistema tributário, para citar alguns exemplos.

O documento contempla "mais financiamento, mais justo e mais transformador", disse Sánchez na Quarta Conferência da ONU sobre Financiamento para o Desenvolvimento, garantindo que haverá compromissos concretos para que as palavras não fiquem no papel.

Para movimentos sociais e ONGs, esse compromisso é uma "oportunidade perdida" que carece de ambição quando se trata de abordar as principais injustiças que afetam o desenvolvimento das pessoas.

"É um passo à frente em comparação a Adis Abeba", onde a cúpula anterior foi realizada há 10 anos, disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.

Os Estados Unidos são a notável ausência nesta cúpula, tendo se retirado durante as negociações. Desde que assumiu o poder em janeiro, o governo Donald Trump decidiu desmantelar a USAID, a principal agência de ajuda humanitária dos EUA, e esses cortes, segundo diversos estudos, resultarão em milhões de mortes, principalmente no Sul Global.